
Violentia, do latim, é um comportamento invasivo a outra pessoa. Aflige n`alguém um dano físico ou psicológico.
A agressividade é o instinto responsável pelo fato de que animais (Homo sapiens incluso), ataquem uns aos outros.
A covardia é o vício antagônico à bravura. É omitir quando é lícito agir. É atacar quando não há possibilidade de defesa.
Em geral a violência física é mais prontamente repudiada. Pode-se vê-la. Nos hematomas, escoriações, sangue, homicídios, genocídios. É passível de se tornar estatística.
Prestem atenção à violência moral... É talvez a mais poderosa. Não está nos números. É dissimulada. Como se coloca num gráfico a desconstrução da auto-estima de uma criança? “Eu sei que minhas palavras são carregadas de perigo e morte”, já dizia W. Whitman (embora usados por este noutro contexto, num nobre poema).
A violência doméstica não se restringe à que resulta nas feridas físicas.
Educo, do latim, significa “caminho”. Educação se encontra numa linha tênue entre a omissão e a tirania. Vejamos o que disse Kafka sobre a relação com seu pai: “o amor muitas vezes tem o rosto da violência”. Será mesmo?
Por um mundo talvez mais agressivo, covarde jamais.