quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

a insustentável leveza do sorvete


Caros leitores... não fosse nossa fonte fomentadora, este blog não haveria de ter sido recriado, ressurgido das cinzas olvidadas. Em consideração à Universiade de Trácia retiramos o texto polêmico de Friedrich Nietzsche, aqui entitulado de “não” com os seguintes dizeres: “O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são.” E, pior do que o texto era a foto... Ou a combinação de ambos... Não irei publicá-la aqui novamente, sem autorização prévia do conselho.

Vamos esquecer esse Frederico Nietzche... Vamos agora de Voltaire. Esse cidadão escreveu vários contos, dentre eles Zadig. Camarada Zadig tava lá na Babilônia dando um rolé quando encontra um eremita. Resumindo a cena: estavam Zadig, o eremita e mais um a conversarem sobre as paixões.

“-Como são funestas – disse Zadig.

-São como os ventos que enfunam as velas do barco – retrucou o eremita: - submergem-no às vezes, mas sem seu auxílio o barco não poderia vogar. A bílis nos torna coléricos e doentes, mas sem a bílis não poderíamos viver. Tudo é perigoso neste mundo, e tudo é necessário.”

Já Vinícius diria sobre a efemeridade, posto que é chama, mas que, o importante é a infinitude durante a ocorência de uma paixão.

Ivanovich, sofrido que foi, alertaria sobre a fragilidade: “é de casca de ovo, aquilo que se pintava por aço”.

Oscar Wilde diria que "a diferença entre um capricho e uma paixão eterna é que o capricho dura um pouco mais".

E eu enquanto eu mesmo? O que tenho a vos dizer sobre a ilusão/desilusão do amor, das paixões? Do amor não me atrevo no momento. Das paixões eu direi que...

São como alimentar um esquilo. Isso mesmo. Apaixonar-se é dar sorvete a um esquilo.

Nada mais mágico. Nada mais tocante. Nada mais frágil. Nada mais efêmero. Nada mais fugaz. E nada mais necessário, para que não se morra por dentro.

Mas dói.



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