sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O dia em que o lobo comeu as palavras


Ele amou, uma fêmea inquieta, indecifrável,

Demasiada animal

palavras

inatingível...

Imprevisível

No começo o encanto, empatia...

Vida silvestre, amor de raposa...

Escondeu-se.

Silencio e dor...

Palavras, esperança e dúvida.

Pois que saibam:

Ele também saber ser animalesco

Resoluto, decidiu

Agora basta

Haverá um abraço, físico, real.

Se for o ultimo... será. Mas haverá.

Real.

De ossos, de sangue e de carne.

Ele sabe ir embora, mas não sabe mais esperar.

De pêlos em riste, tal um lobo raivoso.

Mordo as tuas e minhas palavras.

Comerei também imaginações e suposições, ficará com lembranças de fatos ocorridos ao invés disso.

O lobo saiu de casa hoje.

E só retorna com uma resolução mamífera.



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