
O avião russo Ilyushin faz movimentos em forma de parábola, fazendo com que os tripulantes experimentem uma sensação de gravidade zero. Não sei precisar a que altitude ele alcança...
Mas é o suficiente para poder observar a curvatura da Terra.
Lembro-me de que um professor de física disse que gastou enorme quantia para andar neste avião- ele foi à Rússia para isso. A princípio todos acharam que era uma loucura... tamanha cifra -não me recordo quanto- para um "passeio".
Mas ao ouvi-lo dizer com tamanha paixão: "a Terra é redonda porque eu vi! Não me contaram... não teve que fazer sentido. Eu vi a curva dela. Eu vi, com os meus olhos!"
Eu o compreendi...
Às vezes é necessário descansar o córtex imaginativo.... e lançar o presente impresso, de maneira direta no hipocampo, e reverberar por todo o corpo. É nas vísceras que somos sinceros. Na arritmia. Não se pode mentir nem a si mesmo assim.
E talvez, também por isso eu quero ir ao Kilimanjaro. As neves eternas têm prazo de validade curto agora... Posto que este planeta é chama. Mas que seja infinita enquanto dure em minha boca. Isso mesmo. Quero comer a neve do Kilimanjaro. E quero assim poder dizer aos meus filhos: "havia neve na Africa, e não me contaram... Eu a comi. Havia porque eu comi."
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